segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Minhas férias: Maceió

       Se você está querendo conhecer um lugar lindo no Nordeste, com muitas coisas legais pra se ver, fazer - e comprar, óbvio rs - eu recomendo Maceió. Nem tudo são flores - os que me conhecem sabem de meu senso crítico bem chato, então não poderiam ser rs - mas minha viagem pra lá, com meu sobrinho e minha irmã, foi uma viagem da qual realmente vou me lembrar com carinho.

     Pajuçara


       
       Nós ficamos num albergue do Hostel International na praia de Pajuçara. Se você está procurando um lugar pra ficar onde você vai ter uma piscina, um bar e todas as regalias de um bom hotel, esse não é o lugar pra você. Principalmente - e esse é um dos pontos que me deixaram um pouco chateada com a cidade - porque lá você pode ver que nem tudo em Maceió são rosas. O hostel não se encontra em uma localidade perigosa, nem de aspecto ruim. Mas a comparação entre a orla - que fica paralela e duas ruas pra frente - e a rua do hostel deixa óbvio o fato de que a cidade de Maceió se importa somente com os turistas. Nessa rua e nas ruas de trás da orla - pelo menos nesse bairro em que fiquei - faltam calçamentos decentes, faixas de pedestre, faróis para coordenar o trânsito, etc. Tudo o que não falta na orla que, por sinal, é incrivelmente bem estruturada (veja mais abaixo). Tirando esse ponto fraco - de que o hostel fica numa rua não muito mais bonita do que qualquer rua de periferia em São Paulo - é um bom lugar pra se hospedar se você só está realmente procurando um lugar com um bom custo benefício pra ficar e sem muita firula. O quarto era meio apertado, mas estava tudo muito limpo, o café da manhã até que é bem razoável pelo que eu esperava (ovo, pão, cuzcuz nordestino (!), bolo, café, leite, dois tipos de suco, bolo e frios) e o hostel fica bem localizado (duas ruas para trás da orla, como já mencionei, o que dá uns 5 minutos a pé da praia). Só não esqueça do repelente: eu parecia que estava com catapora depois da primeira noite, de tantas picadas de pernilongo!
       No primeiro dia chegamos do aeroporto, descansamos um pouco e fomos dar uma volta na orla. E, como já disse, ela é incrivelmente bem estruturada: além de vários quiosques, o que é quase obrigatório, ela tem quadras, pistas de skate e bicicleta, ciclovia, calçadas largas, muitas árvores e tudo muito bem cuidado. O único problema é que, apesar da iluminação ser muito bem feita em todo esse calçamento, não existe iluminação na praia (na areia). Então, fomos avisadas por um taxista de que ir até a praia em si não era uma boa idéia. Como acho que seguir esse tipo de conselho é sempre bom, ficamos ali pelos quiosques mesmo. Comi uma tapioca ótima (adoooro tapioca!) de carne seca acebolada com queijo e outra de leite condensado. O quiosque que eu recomendo - pelo menos se você quer provar uma boa tapioca, o coco estava morno :-/ - é um fica logo depois da rua que pegávamos pra ir pra praia (R. Araújo Bivar), depois do quiosque da Skol.
       No segundo dia resolvemos ficar ali pela praia de Pajuçara mesmo. Escolhi essa praia porque tinha lido alguns reviews dizendo que ela era muito bonita e de fato era. Ali não existe necessidade de se preocupar em levar cadeiras, guarda-sóis, etc: não bastasse todas a sombra que as árvores proporcionam, por toda a praia existem locais em que você pode alugar um par de cadeiras e um guarda-sol pelo dia inteiro por R$ 5,00. Passamos o dia na praia e de tarde resolvemos almoçar em um restaurante na orla. Mais tarde fomos até a feirinha de artesanato de Pajuçara (Av. Dr. Antônio Gouveia, 1447). Trata-se do tipo de um galpão de um tamanho bastante razoável com algo em torno de umas 50 barracas de artesanato diverso. Tem vestidos, bolsas, bijuterias, brinquedos, lembranças, tudo bastante original. Foi a feira de artesanato mais legal a que eu já fui: tem muita, muita coisa bonita e tudo com um preço bem razoável! Acostumada a passear em feiras de artesanato em São Paulo, Embu das Artes e outras cidades turísticas - só passear mesmo, porque raramente dá pra comprar alguma coisa! - fiquei impressionada com os preços! Com um orçamento um pouco apertado, já tinha me contentado a comprar somente algumas bugigangas e lembranças, como chaveiros, imãs e coisas afins, mas comprei muita coisa lá! Saídas de praia, camisetas, algumas lembranças (mais legais do que chaveiros) pros meus pais e irmãs... Meninas, tinham umas bolsas de praia lindas lá! Brincos, pulseiras, chinelos, roupas, tudo muito bonito! Tive que me segurar muuuuito pra não ser tomada pelo menu impulso consumista feminino e não gastar lá tudo o que eu tinha e não tinha pra gastar! rs
       Na terça-feira, o terceiro dia, como não pode deixar de acontecer em um passeio meu à praia: choveu! Mas choveu o dia inteiro! Na volta para o aeroporto, conversando com o taxista, descobri que isso nunca acontece nessa época do ano. Ele me disse que nessa época costumam cair algumas pancadas de chuva todos os dias, mas é só. Não sei porque, mas nem me surpreendo mais com isso... rs  A única coisa de notável nesse dia - e de notavelmente ruim - foi nosso almoço em um restaurante italiano da orla chamado "Ottimo"... Evitem, porque o nome é uma ironia! Só paramos lá porque estávamos a caminho da feirinha e começou voltou a chover. Como estávamos com fome, resolvemos comer lá mesmo. O restaurante não foge aos padrões de um Spolleto: não muito barato e nada demais. Mas me senti meio roubada porque já tinha percebido que dava pra comer melhor lá e pagar menos. No mínimo, dava pra comer com o mesmo nível de qualidade gastando bem pouco. Nesse dia, se não engano, compensamos nossa decepção culinária tomando sorvete na sorveteria Bali. Os preços não eram muito baratos - não lembro o preço - mas tem uma característica, além do sorvete ser bom, que chama atenção e faz valer a pena dar uma passada lá: tem 68 tipos diferentes de sorvete! 68!! Nunca vi tantos sabores diferentes assim na minha vida!

      Maragogi


       Na quarta-feira fomos fazer o passeio nas piscinas de Maragogi. Tínhamos marcado o passeio com o albergue, mas indo até a feirinha descobrimos que existem várias vans que ficam no entorno e que oferecem os passeios por um preço bem mais camarada. Íamos pagar R$ 75,00 por pessoa com o hostel; lá conseguimos pagar R$ 60,00 por adulto e R$ 40,00 por meu sobrinho de 8 anos com a Tonnico Lima Turismo. Estava um pouco desconfiada por pagar tão mais barato no começo, mas correu tudo bem. Eles também nos levaram para o passeio na praia do Francês / praia do Gunga (veja mais abaixo) e nos levaram até o aeroporto (R$ 40,00) e eu recomendo a agência (com algumas resalvas que já explico). Mas minha dica é: mesmo que vá contratar essa agência, vá até o entorno da orla e fale com o agente que vai estar lá parado com a van. O preço lá é outro por conta da concorrência (ficam inúmeras vans paradas na mesma região).
       Voltando ao passeio: levantamos às 5:00 nesse dia - Maragogi fica a duas horas de carro de Maceió e o passeio depende da maré, então temos que sair bem cedo. Tomamos café e a van nos apanhou no hostel às 6:15. Chegamos à Maragogi por volta das 8:00 e paramos em um restaurante onde íamos pegar o catamarã. E fica aqui minha ressalva (que deve ser uma ressalva geral, duvido que isso varie de agência para agência): claramente existia algum tipo de acordo entre o guia/a agência e o dono do restaurante. Preocupadas principalmente em não deixar meu sobrinho com fome, já tínhamos levantado mais cedo e tomado café com pães e bolos que tínhamos comprado no mercado no dia anterior (o café no hostel só começa às 7:30). Então, foi bastante chato pra gente saber que, ao chegarmos lá, o catamarã ainda iria esperar mais 45 minutos pra sair pra que todas as pessoas pudessem ter tomado seu café no restaurante (aí está o acordo). Principalmente por estarmos com uma criança pequena. Explico: o passeio nas piscinas naturais depende da maré. E com uma criança pequena, com o cuidado que temos ter de não pisar nos corais lá, quanto mais baixa a maré, melhor. Os 45 minutos que esperamos com certeza atrapalharam nosso passeio lá. Com certeza teríamos pego a maré mais baixa antes. Então minha dica aqui é: no caso de Maragogi, tente negociar com a agência somente o transporte até o local. Chegando lá, tente conseguir uma lancha pra te levar imediatamente até as piscinas, principalmente se você estiver com crianças pequenas. Se não der, só então acerte o passeio com o catamarã. Um menino pisou em um ouriço em nosso catamarã por conta da visibilidade que não estava muito boa. E tente ver a previsão do tempo para o dia seguinte antes de contratar o passeio: em nosso caso, o dia estava quente, mas estava meio nublado, o que dificultava a visibilidade dentro d´água e (infelizmente) não tornava a água tão clara quanto se vê nas fotos de Maragogi no Google Images. E visibilidade é importante porque o lugar parece um labirinto de corais! rs Você quer chegar até ali, mas não dá porque não dá pra ver por onde passar! 
Outra dica: se estiver com crianças pequenas e não tiver interesse nas fotos que eles vão tirar debaixo d'água com os peixinhos - R$ 50,00 por 30 fotos - já dispense logo os fotógrafos. Não diga um "Não, mas...", diga "Eu não quero as fotos!". Eles são muito, muito chatos. E muito insistentes! Vão trazer comida de peixe pra que os peixinhos se juntem em torno das suas crianças e pra tentar fazer você mudar de idéia. Houve um que nós achamos que pertencia ao nosso catamarã - existem vários catamarãs parados no local - e que estava tentando nos ajudar. O que aconteceu foi que ele só queria nos levar pra longe, nos afastar do nosso grupo pra tentar nos vender as fotos e nos deixou num local um pouco afastado nesse labirinto e em que tivemos um pouco de problema pra voltar (a visibilidade realmente não estava muito boa no dia, por conta da maré - dos 45 minutos - e do dia nublado). Fiquei bastante irritada com ele! Então, diga não imediantamente e, se quiser ver muitos peixinhos, leve sua própria comida de peixe. 
Também existe a opção de fazer o mergulho - R$ 80,00 por pessoa - que não fizemos ou de alugar um snorkel no catamarã pra poder ver os peixes embaixo d'água. Mas sugiro que você tente comprar um baratinho e levar: os que eles fornecem estavam um pouco sujos demais pro meu gosto (é, eu sou fresca mesmo, e daí?! rs). 
Resumo: tente pegar uma lancha, leve seu snorkel, comida de peixe, vá num dia ensolarado e dispense logo o cara das fotos se não tiver interesse! O passeio valeu a pena, mas deve valer mais seguindo todas essas dicas ;-)

    Praia do Francês, Barra de São Miguel e Praia do Gunga


   


     O quinto dia pra mim foi o mais legal. Queríamos fazer o passeio às Dunas de Marapé, mas descobrimos que a CVC monopolizava o passeio em todos os dias da semana, exceto às sextas. Infelizmente esse era o dia do nosso retorno, então não seria possível. Chegamos até a encontrar uma agência filiada à CVC que tinha o passeio disponível para quinta-feira, a Transamérica Turismo, mas tinha um rolo com cartão, comigo e com minha irmã e mudamos de idéia. Pensei em irmos para Porto de Galinhas - o passeio era algo em torno de R$ 60,00 por pessoa, se não me engano - mas desisti após ler no Férias Brasil que Porto de Galinhas ficava a 4 horas de distância - ou seja, 4 horas pra ir e 4 horas pra voltar trancada em uma van com uma criança de 8 anos... Não parecia uma boa idéia! rs  
Acabamos optando pelo passeio "Praia do Francês + Praia de São Miguel + Praia do Gunga", que foi muito legal! A parada na praia do Francês nós pulamos com nosso instinto consumista na lojinha de artesanato, mas parecia uma praia bonita pelos postais que vi na loja rs De qualquer forma, era uma parada só pra tirar fotos. Pegamos novamente a van e quando se chega na praia de Barra de São Miguel - e essa é uma das partes mais legais do passeio - é possível pegar uma lancha - R$ 25,00 por pessoa - pra ir até a praia do Gunga. O passeio de lancha é muito legal! E eles param em um banco de corais no meio do caminho, em que você pode subir pra tirar fotos, ver a paisagens, ver uns ouriços e dar comida para mais peixinhos coloridos (anotação mental: levar comida de peixe nessa viagem!). Depois ele pára no tipo de um lago de água salgada que é formado pelo banco de corais, muito bonito, pra que as pessoas possam se banhar. Tomamos uma batida de abacaxi muito boa, que a princípio me pareceu meio cara - R$ 12,00 - mas que não ficou tão cara assim depois que descobri que ela vinha dentro de um abacaxi!  E então, seguimos para a praia do Gunga. A praia é muito bonita e tem uma infra-estrutura muito boa. Vários restaurantes, quiosques, lojinhas, chuveiro... Lá você também pode fazer um passeio de bug pela praia - R$ 30,00 adulto / R$ 15,00 criança. O bug anda pela orla da praia e te leva até umas falésias muito legais que existem mais pra frente. Acho que dá pra ir a pé, mas o passeio parece bem legal. Digo parece, porque demos o azar - ah, meu querido azar! - de pegar um bug bem bichado. A princípio achamos que o motorista do bug estava pegando leve na velocidade por sermos duas meninas e uma crianças, mas quando pedimos a ele pra andar um pouco mais rápido, ele inventou uma desculpa e disse que não dava. Claramente aquela joça estava zuada! Daria pra andar mais rápido sim porque todos os bugs passaram por nós na ida! E, vendo que o carro estava com algum problema, ele ainda pulou um parte do passeio e só fomos ter certeza disso quando nós percebemos que retornamos ao ponto de partida muito antes dos outros, que tinham saído junto conosco :-/ Quando perguntei a ele porque não tinha entrado nas falésias ele teve a cara de pau de dizer "Se você tivesse pedido, eu tinha entrado". Eu lá tenho como saber como é o passeio de antemão?! Então, minha dica nesse caso é: preste atenção no bug antes de sair, se achar que está muito devagar, peça pra ele correr mais e se ele disser que não, peça que ele dê meia volta: o passeio é legal devagar, mas definitivamente não vale o que eles estão cobrando! Minha avó dirige com mais emoção que isso! Ah, outra coisa: assim que chegar à praia, pergunte onde você deve agendar o passeio de bug e já marque logo. Os passeios duram algo em torno de 50 minutos e não tem pra todo mundo, então não deixe pra agendar mais tarde. 
Nessa praia também dava pra fazer um passeio de ultraleve anfíbio, mas não sei o preço. Era demais pra minha cabeça - sou muito, muito medrosa! rs - e demais para o meu bolso já!  
Se quiser comer alguma coisa, não lembro exatamente onde ficava a barraca, mas procure os bolinhos de macaxeira: são uma delícia! E se você tiver o tamanho de um hobbit, como eu, cuidado com o mar nessa praia: tente entrar na parte mais próxima ao lugar em que as lanchas chegam. Mas pra lá o tombo é grande e o mar é muito forte! Tomei mais de um caldo junto com a criança! Eu tinha que ficar segurando a mão dele o tempo todo e teve uma hora em que ele mesmo se cansou.

      Mais Pajuçara


       No último dia demos uma volta na praia e tínhamos planos de andar de bicicleta tripla na ciclovia - R$ 12,00 por módulo, dá pra montar uma bicicleta de quantos módulos quiser, vimos uma bicicleta de seis pessoas - mas não rolou. Acho que dá pra fazer um passeio bem legal e ir até a praia de Ponta Verde - mais pra cima - mas não deu tempo. Optamos por levar meu sobrinho - tínhamos prometido a ele - em uns brinquedos aquáticos daqueles de inflar - R$ 30 por uma hora (na sexta-feira). Nesse dia eu fiquei bem quebrada de ajudá-lo a subir nos brinquedos, mas parece que valeu a pena. Ele gostou bastante. Os brinquedos e o aluguel das bicicletas ficam próximos à feirinhas, se interessar. 
Queria ter feito o passeio às piscinas naturais de Pajuçara, mas também não deu tempo. Custa R$ 20,00 e você pega o tipo de uma canoa com uns bancos. Os canoeiros ficam ancorados na praia de Pajuçara na altura do número 1000 da Av. Dr Antônio Gouveia. Parece valer muito a pena pelas fotos.
       Apesar dos contratempos e de nossas trapalhadas, foi uma viagem bem legal. Levando todos os contrastes em conta, pra mim, Maceió saiu ganhando. Eu recomendo!

       PS: Não comam no Aeroporto: o Spolleto foi o mais miguelado que eu já vi e meu sobrinho passou mal com um lanche do Bob's.

Lugares e preços:

Hostel International - R$ 120,00 diária em quarto triplo
Feirinha de artesanato de Pajuçara - Av. Dr. Antônio Gouveia, 1447
Sorveteria Bali - 68 tipos de sorvete!
Maragogi - R$ 60,00 adulto / R$ 40,00 criança (com agência Tonnico Lima Turismo)
Mergulho Maragogi - R$ 80,00
Dunas de Marapé (vários dias da semana) - R$ 80,00 adulto / R$ 40,00 criança (com agência Transamérica Turismo)
Francês + Barra de São Miguel + Gunga - R$ 20,00 adulto / R$ 10,00 criança (com agência Tonnico Lima Turismo)
Lancha praia Barra de São Miguel - praia Gunga - R$ 25,00
Bug praia Gunga - R$ 30,00 adulto / R$ 15,00 criança
Piscinas naturais Parajuçara - R$ 20,00 por pessoa na canoa
Passeio de bicicleta - R$ 12,00 por módulo
Uma hora nos brinquedo infláveis - R$ 20,00 de segunda a quinta / R$ 30,00 na sexta

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